Saturday, April 21, 2007

Pós Matrix


Falta mais de um ano para a estreia e quase dois meses para o início de filmagem, em Berlim, mas o novo filme dos irmãos Andy e Larry Wachowski, "Speed Racer", já dá que falar. Ou não fosse a dupla especialista em auto-promoção e esta a primeira obra depois da revolucionária trilogia Matrix.

A Internet serve de plataforma para aguçar o apetite aos fãs. Christina Ricci está no Youtube a revelar nervosismo e a explicar porque aceitou protagonizar a história baseada na série clássica do pioneiro da anime Tatsuo Yoshida, que segue as aventuras do jovem piloto de corrida Speed na sua cavalgada pela glória. Além de Speed (Emile Hirsch) e de Trixie (Ricci), o enredo inclui outras personagens com as quais os seguidores estarão familiarizados, como a família de Speed e o seu misterioso arqui-inimigo, Racer X.

Cinema português em Coimbra


Quem tiver a felicidade de estar ou passar por Coimbra este fim-de-semana, não se esqueça de dar uma mãozinha à produção nacional. O Caminhos do Cinema Português começa hoje.

Dia 21 Abril – SÁBADO15h00

Sessão Competitiva
Night Shop de João Constâncio
A Culpa de Irina Calado
In Silentiu (Silêncio) de Irina Calado
Avé Maria de João Botelho
Maria de Fábio Ribeiro e Nuno Gaspar *

17h30 Sessão Competitiva
Turno da Noite: Fé de Carlos Fernandes *
Life is Change de Eduardo Morais de Sousa
Quatro Elementos de Janek Pfeifer
Olhar o Cinema Português 1896-2006 de Manuel Mozos *
22h00 Sessão CompetitivaCerimónia de Abertura
Espetáculo com João SeabraThe End / Capítulo Final de Victor Candeias *
Filme da Treta de José Sacramento *

Dia 22 Abril – DOMINGO 15h00

Sessão Competitiva
Ricardo Rangel – Ferro em Brasa de Licínio de Azevedo
Cântico das Criaturas de Miguel Gomes
Humanos – A Vida em Variações de António Ferreira *
A Noiva do Gigante de Nuno Amorim
17h30 Sessão Competitiva
Espírito de Natal de Victor Candeias *
Brava Dança de José Francisco Pinheiro e Jorge Pereirinha Pires

22h00 Sessão Competitiva
Stuart de Zepe
Palavras Roubadas de Luís Dias
O Operário em Construção de Eduardo Nascimento e Pedro Canotilho
Atrás das Nuvens de Jorge Queiroga* - Ante-estreia Mundial -

* Realizador/Produtor com presença confirmada na Sessão para Conversa com o Público

Friday, April 20, 2007

Pequenas mudanças


"Movies Confidential", que ainda agora celebrou um mês, permanece em obras. Principalmente, no que diz respeito ao aspecto gráfico.

Finalmente, parece que este é para durar, embora ainda vá levar alguns acertos. Para todos os que me visitam, espero que aprovem. E, já agora, vão deixando os vossos comentários, que não custa nada...

Abraço,
Bracken (hush, hush...)

Radar Spiderman



Tóquio Monday, April 16
Toho Cinemas Roppongi Hills
Attended by Tobey Maguire, Kirsten Dunst, James Franco, Thomas Haden Church, Topher Grace, Rosemary Harris, Laura Ziskin, Avi Arad, Grant Curtis



Londres Monday, April 23
Odeon Leicester Square
Attended by Tobey Maguire, Kirsten Dunst, James Franco, Thomas Haden Church, Topher Grace, Rosemary Harris, Sam Raimi, Laura Ziskin, Avi Arad, Grant Curtis



Roma Tuesday, April 24
Warner Village Cinemas Moderno
Attended by Tobey Maguire, Kirsten Dunst, James Franco, Thomas Haden Church, Topher Grace, Rosemary Harris, Sam Raimi, Laura Ziskin, Avi Arad, Grant Curtis


Berlim Wednesday, April 25
CineStar in the Sony Center
Attended by Tobey Maguire, Thomas Haden Church, Topher Grace, Rosemary Harris, Laura Ziskin, Avi Arad, Grant Curtis


Madrid Wednesday, April 25
Palacio de la Musica
Attended by Kirsten Dunst, James Franco, Sam Raimi



Moscovo Thursday, April 26
Pushkinskiy Cinema Hall
Attended by Tobey Maguire, Thomas Haden Church, Topher Grace, Laura Ziskin, Avi Arad, Grant Curtis



Paris Friday, April 27
Grand Rex
Attended by Tobey Maguire, Kirsten Dunst, James Franco, Thomas Haden Church, Topher Grace, Rosemary Harris, Sam Raimi, Laura Ziskin, Avi Arad, Grant Curtis


Nova Iorque Monday, April 30
Attended by Tobey Maguire, Kirsten Dunst, James Franco, Thomas Haden Church, Topher Grace, James Cromwell, Rosemary Harris, Sam Raimi, Laura Ziskin, Avi Arad, Grant Curtis

Fotos: cortesia Columbia Pictures



Cunningham, Streep, Collette e Danes juntos outra vez


Para já, "Evening" (sem data de estreia definida para Portugal) tem o mérito de reunir quase metade do elenco de "As Horas": Claire Danes, Toni Collette e Meryl Streep, um trio de respeito. E, mais assinalável ainda, o privilégio de ter sido escrito por Michael Cunningham (um dos meus autores favoritos), a partir do aclamado romance de Susan Minot, uma história intemporal e universal sobre segredos partilhados e os momentos decisivos de interacção entre mães e filhas, família e amigos e os amores das nossas vidas.


Aguardo com muuuiiittaa expectactiva.

Croco Killer


"Wolf Creek" foi uma das surpresas do cinema de terror do ano passado e deu nas vistas pelas circunstâncias da altura. A data de estreia da película teve de ser adiada na Austrália, devido a um julgamento com contornos semelhantes aos retratados no enredo, que segue o percurso de três turistas bagpackers que travam conhecimento naquele país e partem em busca de "Wolf Creek", um local mítico para qualquer viajante que se preze. Mas quando o carro avaria, recebem a ajuda de um "castiço" local disposto a transformar as férias baratuchas dos jovens num pesadelo bem caro.


O realizador Greg McLean volta à carga com "Rogue", que tem estreia marcada em Portugal para 2 de Agosto, distribuído pela Prisvídeo - dois meses antes da exibição nos EUA. Não encontrei trailer, e fotos contam-se pelos dedos de uma mão. A história começa de forma semelhante à de "Wolf Creek": um jornalista americano, de serviço na Austrália, resolve empreender um passeio turístico numa Reserva Natural australiana. Só que em vez de dar de caras com um sádico agricultor, o repórter sofre um duro golpe: as idílicas férias são estragadas por um crocodilo que semeia a morte por onde bamboleia a cauda.


Para já, a trama é de arrepiar cabelo. Pessoalmente, gostei do estilo do realizador em "Wolf Creek" (a par de "Descent" foi do melhorzinho que vi no ano passado em termos de suspense) , pelo que vou dar-lhe o benefício da dúvida. Se o bicho for mais um produto CGI a atirar para o grotesco, desisto aos primeiros minutos. Bastou-me a anaconda Speedy Gonzalez a enroscar-se na Jennifer Lopez.

Thursday, April 19, 2007

LusOVNI


Já há um filme sobre OVNIs no cinema português! Infelizmente, a história não gira à volta de naves alienígenas que disparam raios multicor sobre São Bento, nem sobre seres com grandes cabeças que rebentam ao som de Tony Carreira. Nem temos a Joana Amaral Dias de lança-chamas na mão e t-shirt de cavas a dar cabo dos ovos da bicha-rainha.

"Ex", assim se chama a produção de Miguel Clara Vasconcelos que estreia este domingo no IndieLisboa (sessão das 19h, no Fórum Lisboa), é um documentário sobre a ovnilogia em Portugal. Reza a sinopse: "Tudo começou em Fátima, ou talvez antes, a verdade é que são muitos os que se dedicam à causa. Os OVNIs não são apenas manifestações da literatura e do cinema de Hollywood. Em Portugal, de Norte a Sul, muita gente procura vestígios e formas de comunicar com a vida inteligente extra-terrena. Recorrendo a uma simples câmara fotográfica ou através de detectores inventados pelo próprio ovnilogista, passando horas na internet ou a observar os céus nocturnos, muitos são os investigadores amadores. Mas há também quem se dedique a este tema dentro da academia, através da pesquisa de arquivos históricos ou de métodos da psicologia clínica. O fenómeno existe e é vivido intensamente por estas pessoas. O documentário é sobre elas".

Passa por lá e se gostares, vota nele. É que há um prémio do público. Se não gostares, há mais por onde escolher. Pra já, let's look at the trailer...

Wednesday, April 18, 2007

"O Perfume" em DVD


Grenouille (Ben Whishaw) nasce em 1738 no mercado do peixe de Paris em circunstâncias pouco dignas e no meio dos fedores mais nauseabundos. No entanto, ele é dotado de uma extraordinária sensibilidade olfactiva e, depois de trabalhar arduamente numa tinturaria local, Grenouille acaba por chegar à perfumaria do mestre Baldini (Dustin Hoffman), onde rapidamente ultrapassa o perfumista na arte de misturar as essências.

Os aromas tornam-se na sua obsessão e Grenouille tenta, desesperadamente, conservar todos os cheiros que sente, particularmente os humanos. A busca de um método que lhe permita capturar os magníficos odores de algumas jovens mulheres leva-o a cometer os crimes mais hediondos. O drama adensa-se quando Grenouille se deixa dominar por uma espécie de essência inebriante emanada por uma jovem, ruiva e virgem, Laura (Rachel Hurd-Wood). Conseguirá Grenouille conceber o perfume perfeito?

O livro que vendeu 15 milhões de cópias em 40 línguas diferentes, precisou de cerca de 20 anos para chegar ao cinema, apesar de se ter mantido durante longos anos na lista dos projectos mais desejados de muitos cineastas ilustres.

Stanley Kubrik considerou-o impossível de filmar, Ridley Scott, Tim Burton ou Martin Scorsese manifestaram interesse em trazer esta magnífica história para o grande ecrã, mas Patrick Süskind recusou todas as ofertas. A sua relutância em vender os direitos do livro para o cinema tornou-se lendária, tendo até sido feito Rossini, uma comédia parodiando esta atitude do escritor germânico.

Em 2000, ao fim de quinze anos e de múltiplas tentativas, o produtor Bernd Eichinger (“O Nome da Rosa”, “A Casa dos Espíritos”, entre outros) conseguiu finalmente convencer Süskind a ceder os direitos do seu célebre romance para transposição cinematográfica. Dirigido pelo realizador Tom Tykwer este intenso thriller retrata, com um irrepreensível rigor histórico, a vida de Jean-Baptiste Grenouille.

Além do packaging tradicional, o DVD de "O Perfume História de um Assassino" será vendido numa edição limitada de coleccionador, um digipack de luxo que contém mais cerca de duas horas de extras.
Fonte: Lusomundo
A minha apreciação: 4 estrelitas

M/18


Está prestes a estrear (3 de Maio, suponho) "Shortbus", o novo filme de John Cameron Mitchell, autor de "Hedwig and The Angry Inches" que, assegura quem viu, raia a pornografia. Recheado de cenas explícitas de sexo, "Shortbus" é o nome de um clube underground nova-iorquino onde as várias personagens se cruzam e onde se sentem à vontade para despir as fachadas que criaram no seu quotidiano. Entre os clientes está um casal de terapeutas sexuais que, apesar de passarem o dia a aconselhar terceiros, não têm uma vida íntima satisfatória, porque ela nunca atingiu o orgasmo; um casal de gays, clientes do par de terapeutas, monogâmicos durante cinco anos e que decidem agora trazer um outro elemento para a relação; e ainda uma dominatrix com muitos segredos por revelar. O trailer está genial. Vejam lá.



Tuesday, April 17, 2007

Uma estreia que começou na BD...


Estreia já a 3 de Maio nas salas portuguesas "Homem Aranha 3", um dia antes de chegar aos cinemas norte-americanos. Peter Parker, vulgo homem-aranha, tem agora três vilões à perna: Sandman, Venom e o novo Duende Verde. À boleia desta estreia, o gigante Sony vai lançar o dvd da primeira sequela com mais uns quantos minutos, numa versão uncut. Vejam o trailer do terceiro.


Uma estreia que começou nos livros...


Com efeitos visuais da Weta Digital, responsável pelos majestosos ‘O Senhor dos Anéis ‘ e ‘King Kong’, dos mesmos produtores de ‘As Crónicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa’ e baseado no livro de Katherine Paterson, vencedor do Newbery Award, O SEGREDO DE TERABITIA, que estreia a 25 de Abril em Portugal, é uma história de fantasia e aventura sobre a amizade e o poder da imaginação.
A sinopse
Jess Aarons (Josh Hutcherson) é um inadaptado na escola e mesmo dentro da sua própria família. Ele treinou todo o Verão para ser o miúdo mais rápido da escola mas o seu objectivo é inesperadamente destruído pela nova colega, Leslie Burke (AnnaSophia Robb) que entra na corrida ‘só para rapazes’ e a ganha. Apesar do seu pouco auspicioso primeiro contacto, os dois jovens rapidamente se tornam nos melhores amigos. Leslie adora contar histórias de magia e fantasia. Jess adora desenhar mas, até conhecer Leslie, isso é algo que guarda para só si.
Leslie abre todo um novo mundo de imaginação a Jess: juntos eles criam o reino secreto de Terabitia, um lugar mágico apenas acessível aos dois amigos...

Monday, April 16, 2007

Tati em debate


Já falei aqui na reposição da obra de maior sucesso de Jacques Tati, "O Meu Tio". Pois quem quiser ver - ou rever - este clássico, saiba que há bónus para quem for ao Nimas, à sessão das 17h, no dia 25 de Abril. A seguir à exibição do filme, está marcado um debate com a presença de Bárbara Coutinho, directora do Museu do Design, os designers Filipe Alarcão e Henrique Ralheta, e o crítico de cinema Mário Jorge Torres.

Passarinho


Edith Piaf ("passarinho") já merecia um biopic assim. Li algures que o desempenho de Marion Cotillard é digno de um Óscar entregue em mãos, na sua própria casa. Olivier Dahan realiza este filme - escreve-se por aí que admiravelmente -, com estreia em Portugal a 25 de Abril. Uma "cortesia" Lusomundo que eu não vou perder.

Perturbante


E quem dominou o box-office norte-americano este fim-de-semana, com entrada directa para o primeiro lugar do pódio? Nada mais, nada menos do que... "Disturbia", uma versão adolescente do clássico "Janela Indiscreta". E até está razoavelmente pontuado no IMDB. Os críticos enaltecem a realização bem sincronizada, embora ressalvem que a história é um copianço do filme de Alfred Hitchock. Eu logo darei o meu veredicto.

Sunday, April 15, 2007

Italianinha


Nanni Moretti é conhecido pela sua postura de esquerda. E foi acusado, graças a "O Caimão", de ter influenciado o eleitorado nas legislativas de 2006 que levantaram Silvio Berlusconi da confortável cadeira do poder. Políticas à parte, o realizador do comovente "O Quarto do Filho" (eu lacrimejei, admito) é, acima de tudo, um dos mais interessantes e coerentes cineastas da actualidade.

A história abrevia-se em meia dúzia de linhas: um produtor de filme de série B, "sem preconceitos", atravessa uma profunda crise pessoal e profissional. A separar-se da mulher e com um projecto encalhado, recebe um dia o guião escrito por uma estreante, nada mais que uma biografia não autorizada e pouco elogiosa de Silvio Berlusconi.

Nesta cruzada para obter financiamento, convencer actores a participarem no filme, subir a auto-estima de uma caloira nas lides da realização, mudar de casa e contar aos filhos menores da separação, e sofrer o abandono por todas as direcções, o produtor encontra refúgio num trabalho que, pela primeira vez na sua carreira, poderá ter algum relevo.

"O Caimão", que raramente cai no erro da propaganda barata, está embrulhado nas melhores qualidades de Moretti: a sensibilidade a abordar dramas familiares, o argumento e os diálogos limpos de ruído, a capacidade de traduzir a naturalidade e a ironia do quotidiano, a facilidade em rodear-se de um séquito de luxo. "O Caimão" é uma súmula das suas habilidades como realizador, argumentista e sobretudo como observador, e o privilégio de as poder usar para transmitir ideologias. A influência da mensagem só depende de nós.

A acumular, Moretti é também de uma fidelidade canina às personagens. Nas histórias que o produtor conta aos filhos e na primeira vez em que lê o argumento do filme sobre Berlusconi, é-nos escancarada a porta para a sua mente: todas as imagens são fruto de uma imaginação demasiado vinculada a um género cinematográfico que está morto e enterrado. Assim como o seu casamento. Assim como Itália. Ele representa uma geração conformada, mas com probabilidades de regeneração; a jovem e insegura argumentista, um país com um vislumbre para o futuro.

Mordaz, cómico e terno, por vezes descarado, "O Caimão" entra para a galeria dos melhores filmes do italiano. Resistirá ao tempo, porque é um filme sobre pessoas envolvidas em circunstâncias políticas. Porque haverá sempre um Berlusconi. Porque, afinal, é uma mensagem de esperança: a possibilidade de largar o passado, seja ele qual for, e reencontrar o conforto. Como diria o polaco no filme, "esta italianinha" tem muito para dar. E eu também: 5 estrelitas.

2 menos 3, igual a...


Confesso: não consegui assistir a mais de 45 minutos do novo filme de Joel Schumacher. E não é só por estar lá Jim Carrey que, mesmo num thriller dramático, cede aos trejeitos, tiques, sorrisos e oscilações oculares que lhe deram fama. Ele bem tenta conter-se, mas o guião bem recheado de graçolas, escrito provavelmente a pensar em si, saca-lhe da veia.

"Number 23" começa mal, imerso numa profunda confusão, dos movimentos de câmara inenarráveis, num chorrilho de dados históricos forçados sobre a presença do número na História (a fazer lembrar "O Código Da Vinci"). Segue para uma obsessão pessoal, para uma Virginia Madsen demasiado condolente e sorridente, e encaminha-se de mansinho, com uma voz-off omnipresente, para um final tão previsível que raia o ridículo.

Não há nada de memorável neste thriller, no estilo, na forma, na representação, na realização, no argumento. Schumacher, que é capaz do melhor e do pior (lembram-se de "Batman&Robin"?), atravessa agora o deserto do mediano a puxar para o medícore. O seu protagonista, cheio de vícios, não imprime qualquer interesse ao personagem, tão imbecil que instantaneamente nos marimbamos para o seu destino. "Que morra, raios". Por tudo isto e muito mais... uma estrelita.

Moretti esteve por cá. Eu também.


Nanni Moretti esteve ontem na sala 4 do Monumental, em Lisboa, a convite de Paulo Branco, para apresentar o seu mais recente filme, "O Caimão". O texto que se segue é um resumo do que se disse por lá e das minhas impressões. A crítica ao filme fica para mais tarde.

É tímido, nas palavras de Paulo Branco. Tinha razão: apesar de simpático, discursa para o tecto ou para o horizonte, talvez uma técnica herdada dos palcos. Não gosta de entrevistas, nem de viajar, mas não resistiu ao convite do produtor para uma visita a Portugal (desconfio que a próxima produção de Moretti vai receber uma injecção de capital português). Desconhece o que se passa na política nacional (é uma pena a entrevista de José Sócrates não ter sido transmitida na RAI). Mostrou-se agradado com a perspectiva de poder contemplar a sua obra à distância da "histeria" das eleições no seu país, apesar de se ter evaporado da sala pouco depois. Criticou a dissertação dos jornalistas e políticos italianos sobre a obra, sem a terem visto. Jurou a pés juntos que, apesar de ser importante levar ao cinema a História recente da política do seu país (um exemplo que poderiamos seguir), não faz filmes para formar opiniões. Que o seu filme não é "deprimente". E que, apesar de escrever sobre experiências pessoais, a sua visita a Portugal ainda não lhe forneceu ideias para projectos futuros.

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