Saturday, July 14, 2007

Manson fantasmagórico


Depois de iludir o Mundo com inúmeros mitos - recordo-me do das costelas extraídas para auto-felatio -, Marilyn Manson, que já poucos discos vende, virou-se para o cinema. E está mesmo a realizar e protagonizar "Phantasmagoria: The Visions of Lewis Carroll", a história de um escritor assombrado pelo fantasma de uma menina chamada... Alice. O filme é co-protagonizado por Evan Rachel Wood ("Thirteen"), de quem se diz ter sido a autora da ruína do lar composto pelo peculiar cantor e pela não menos peculiar ex-mulher, a burlesca Dita Von Teese. Ainda não há trailer da "obra", com estreia prevista para este ano, mas para já o poster é... mágico.


Uma questão de "pele" a 18 de Agosto


Vencedor de inúmeros prémios, "Mysterious Skin" estreia a 16 de Agosto em Portugal.

Em 1981, em Hutchinson, Kansas, Neil McCormick, um rapaz de oito anos, é abusado sexualmente pelo seu treinador de basebol, e a sua mãe alienada e promíscua nem sequer repara. Entretanto, Brian Lackey, da mesma idade, acorda de uma breve amnésia de quatro horas, com o nariz a sangrar, mas o seu pai negligente não presta a mínima atenção ao sucedido. Brian cresce a acreditar que foi abduzido por extra-terrestres. O homossexual Neil tornou-se chulo. Ao dobrar os 18 anos, Brian conhece Neil, que faz despertar os mais sombrios segredos do passado de ambos.

Wednesday, July 11, 2007

Preview: "Golpe Quase Perfeito"


Estreia a 2 de Agosto em Portugal este "Golpe Quase Perfeito" ("The Hoax"), que muitos auguram como o regresso em força de Richard Gere. E os sempre competentes Alfred Molina e Marcia Gay Harden também povoam o elenco deste filme realizado por Lasse Hallström.

Tuesday, July 10, 2007

Morta, mas mexe com os vivos


Escrito em cinco cenas, "A Rapariga Morta" possui material dramático suficiente para fazer brilhar as suas estrelas: Piper Laurie, Rose Byrne, Mary Beth Hurt, Britanny Murphy e Kerry Washington são as mais cintilantes. Mas, apesar da qualidade do texto e dos desempenhos neste produto independente, sobressai uma certa precipitação na reacção das personagens o que, por momentos, contamina a coerência da obra.


Uma "estranha" tímida, manipulada pela mãe controladora, descobre o cadáver de uma rapariga no terreno adjacente à sua casa. Depois de aparecer na televisão, envolve-se com um empregado de um supermercado adicto em histórias de serial-killers. Aquele pode ser o escape às amarras impostas pela amarga progenitora. Por sua vez, uma "irmã", médica forense, encarregada de despistar e analisar o cadáver, crê que aquela mulher morta poderá ser o membro da família que desapareceu há 15 anos, dissipando-se o fantasma que a persegue há década e meia. Só assim poderá colocar de vez uma tampa no frasco de anti-depressivos e encarrilar a sua vida. Já a "mulher" descobre que o marido, que a abandona com frequência na espelunca bafienta onde vivem, é um serial-killer que esconde as evidências dos crimes num barracão anexo à residência. Por que via optará: o conformismo de um casamento ou o dever perante a Lei? A "mãe" chega à cidade para identificar o cadáver e decide vasculhar o passado da filha. Nestas investidas, descobre uma neta e o amor da vida desta. Por último, a "rapariga morta" fugiu aos abusos do padrasto, tornou-se prostituta e toxicodepente e, numa fatídica noite, apanha boleia de um assassino, para morrer entre árvores e céu e ser, mais tarde, descoberta sem vida por uma "estranha".

Parece confuso, mas ao longo do filme escrito e realizado por Karen Moncrieff, são unidas as pontas. A cineasta constrói histórias de pessoas, densas, enigmáticas e obscuras, cujas vidas são definitivamente afectadas por um único acontecimento: a morte de uma rapariga. As histórias independentes, divididas por separadores, ganham coerência por si mesmas, e nenhuma é igual à outra. É certo que existe algum desequilíbrio: para mim, o segmento protagonizado por Toni Colette, é o mais fraco e, embora pese o talento desta actriz, não deixa de soar a forçado. Já o da "irmã" e da "mulher" são mais empáticos, identificáveis com o que conhecemos da natureza humana. Por outro lado, e talvez porque cada personagem tem direito a apenas 15-20 minutos de ecrã, as suas reacções são precipitadas, o que mina o realismo cru em que está imbuída a obra.

Não obstante, "A Rapariga Morta" é um elegante exercício cinematográfico, humano, despojado de artifícios, onde se dá espaço para que as actrizes respirem. Vale a pena espreitar, nem que seja para que muita gente saiba o que é verdadeiramente representar. 3 estrelitas

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