Saturday, July 28, 2007

De2cida?

De acordo com o Comic-Con, "A Descida", uma das mais interessantes e surpreendentes obras de terror-fantástico dos últimos anos, vencedora de inúmeros prémios e rodeada por um certo culto, poderá ter uma sequela. Quem aborda essa possibilidade é o próprio realizador, o britânico Neil Marshall, a propósito da estreia do seu novo filme, Doomsday. Só é lamentável que o talentoso cineasta não vá escrever nem dirigir esta continuação.

"Over breakfast talking about his upcoming Road Warrior-esque thriller Doomsday, director Neil Marshall and ShockTillYouDrop.com touched on The De2cent, the upcoming sequel from Celador Films and producer Christian Colson that recently grabbed web headlines over its title.Turns out, the moniker is correct and Marshall is overseeing the follow-up's progress in some capacity - call it quality control.

He will not write or direct, but he does have an open line of communication with the producers. "I've got a few story ideas, they've got a few story ideas and we're just throwing them into the mix," he tells us.One possible direction being mulled over is to pick up with Shauna Macdonald's "Sarah," that is, if she didn't croak at the end of the first film. "Shauna just had a baby so she's not gonna be ready to film for a bit," Marshall adds, then, "['De2cent'] is a ways off."

But there is palpable interest coming from his former leading lady. "She wants to continue the journey a bit more. As far as I'm concerned, there's only one way to take her character, she has to die. If we didn't kill her at the end of the first film, we have to kill her at the end of the second one," Marshall laughs. "So, I don't know - I don't know where we stand yet."

Entretanto, o thriller futurista "Doomsday" já tem o seu próprio site. Basta clicar aqui. E, para quem não viu "A Descida", espreite o trailer.

Friday, July 27, 2007

Quando os grandes se vão

Morreu, aos 54 anos, o actor alemão Ulrich Mühe, protagonista de um dos melhores filmes que estrearam no ano passado: "As Vidas dos Outros", vencedor do Óscar para melhor filme estrangeiro. Mühe não resistiu a um cancro no estômago e sucumbiu na sua casa em Saxony-Anhalt, na Alemanha, este domingo. Mesmo doente, acompanhou sempre o realizador da obra nos principais eventos, incluindo na cerimónia de entrega dos prémios da Academia. Como tributo, um excerto do seu trabalho.

Thursday, July 26, 2007

Segunda rodada


Caso ainda não tenham reparado, abriu nova votação. Desta vez, podem até assinalar mais do que uma opção. Pretende-se escolher que actores e actrizes não deveriam ter sido premiados com o Óscar mas que, por papéis que obrigaram a passar um demaquilhante ou por terem absorvido 2% dos maneirismos das personalidades reais em que se basearam, foram distinguidos pela Academia.

O resultado da anterior sondagem não deixa margem para dúvidas. Os leitores do Movies Confidential decidiram (e bem): "Titanic" é o filme mais sobrevalorizado da História do cinema. Vencedor de 11 Óscares e aplaudido por uma certa franja da crítica internacional, que o apelidou de "triunfo técnico", não deixa de ser um gigante lamechas, com uma história de amor e centenas de "goofs" de bradar aos céus. Ainda hoje não consigo perceber como é que aquele colar permaneceu no bolso de Rose, depois desta ter sido sugada pela força centrífuga de um navio a ser arrastado para as profundezas do oceano.

Em segundo lugar, com a taça de prata, ficou "A Paixão de Shakespeare", que deu o Óscar a Gwyneth Paltrow e a Judi Dench, que surgiu cinco segundos em cena, como rainha Elizabeth I, e mesmo assim foi considerada - e saiu vencedora - na categoria de melhor actriz secundária.
Eis os resultados:

Se7en 0 (0%)
O Padrinho 0 (0%)
The Departed 1 (4%)
Crash: Colisão 1 (4%)
Chinatown 1 (4%)
Titanic 7 (33%)
American Beauty 1 (4%)
Citizen Kane 0 (0%)
Mulholland Drive 2 (9%)
Braveheart 0 (0%)
A Paixão de Shakespeare 4 (19%)
Outro 4 (19%)

"Simpsons": Tão pouco para tantos (crítica)


AVISO: ESTE TEXTO PODE CONTER SPOILERS

"Os Simpsons" ganham em humor e riqueza de detalhes na sua versão cinematográfica. O desenho é depurado, os cenários mais imaginativos e milimétricos e as piadas têm o "timing" correcto. Mas perderam, pela megalomania do argumento, a interacção peculiar com as outras personagens que habitam Springfield. Parece que Matt Groening se esqueceu de que "Os Simpsons" não é apenas uma família amarela, mas sim uma família num contexto particular: o de uma cidade onde a rotina passa pelo bar de Moe, pela central nuclear de Mr. Burns e pela escola de Skinner.

Desta vez, Homer faz asneira ainda mais grossa. Uma profecia na Igreja dita um destino trágico para Springfield e para os seus habitantes. Enquanto Marge tenta juntar as pontas ao quebra-cabeças, o patriarca adopta um porco e negligencia os filhos, principalmente Bart, que começa a considerar que talvez o beato Flanders seja o modelo de pai que sempre desejou ter. Entretanto, graças à intervenção da sempre atenta Lisa, o lago das cercanias da cidade começa a ser despoluído. Mas, instigado pela mulher e a salivar pelos donuts de borla, Homer decide despejar o contentor com excrementos do suíno naquela massa de água, que se transforma numa máquina criadora de mutantes. O Governo declara estado de sítio e decide apagar Springfield do mapa, encerrando-a numa redoma de vidro. É claro que os amigos e vizinhos não vão ficar contentes...

"Os Simpsons" vs Springfield vs governo norte-americano. Assim se poderia chamar esta primeira aventura de Homer, Marge, Lisa, Bart e Maggie no grande ecrã, que formam uma entidade colectiva que, no filme, parece separada das restantes. E o principal problema é o enchente de personagens do universo Simpsons: estão lá todas, incluindo uma nova, e não há quem não tenha direito a segundos ou minutos de fama. O que me leva a acreditar que, a haver uma sequela, e tendo em conta de que a regra é adicionar personagens, não haverá espaço no ecrã para tanta bonecada.

A acumular, o estilo da narrativa, mais próximo das últimas séries do que das primeiras, onde imperavam as características familiares, também não ajuda. E acaba por distorcer algumas das personagens principais: Maggie é mais esperta do que parece ser na série televisiva, Bart mais lamechas e Homer mais cruel. Só Lisa e Marge permanecem iguais a si mesmas.

Obviamente nem tudo é mau: a brincar, a brincar, Groening vai mandando as suas alfinetadas ecológicas e políticas, abordando temas como a corrupção, a incompetência dos líderes da Nação e a descontrolada poluição resultante de interesses puramente economicistas. O governador Schwarzenegger é representado desprovido de massa cerebral e Flanders mostra uma faceta desconhecida, bem longe da de pai de família exemplar. O criador da série e restantes argumentistas não resistem ao auto-gozo: pela primeira vez, vemos a pilinha de Bart e Maggie profere a primeira palavra. Um conselho: não se levantem da cadeira antes do final dos créditos. É que esta gente sabe o que faz e o entretenimento dura mesmo até ao último minuto.
3 estrelitas

Ratatui: Ante-estreia


ANTESTREIA NO CINEMA VASCO DA GAMA, ÀS 10H30, DIA 4 DE AGOSTO.
E com a presença dos actores Diogo Mesquita, Tiago Felizardo, Pedro Caeiro, Pedro Geórgia, Quimbé e o rapper Melo D.
Fonte: Lusomundo

A cor fica-lhe tão bem



Aproveitando uma ideia do Cataclismo Cerebral, eis umas fotos da diva Kim Basinger fotografada por David LaChapelle, esse "especialista da cor e da fantasia" (palavras do autor daquele blogue, que subscrevo).

Wednesday, July 25, 2007

Olha quem voltou! (e podia ter ficado por lá)

"As Crónicas de Sarah Connor" (tradução livre de "Sarah Connor's Chronicles"), um "spin-off" televisivo da trilogia "Exterminador Implacável", estreou este fim-de-semana nos EUA. Não temos Linda Hamilton no papel de mulher de armas, mas uma insonsa Lena Headey (a rainha de "300") a arrumar com os cyborgs vindos sabe-se lá de que futuro. Por outro lado, somos brindados com uma exterminadora adolescente (uma das protagonistas de "Serenity" e "Firefly"), e com um alvo a abater armado até aos dentes com hormonas aos pulos. Os efeitos especiais são de segunda (veja-se o braço do exterminador de metal, parece o homem de lata do "Feiticeiro de Oz"). Diz-me a intuição que isto não vai durar mais do que uma temporada, até por que não se entende muito bem em que altura da narrativa dos filmes aparece esta Sarah Connor sem sal. Mistérios televisivos...


Tuesday, July 24, 2007

Mais dados sobre "Cloverfield"

A odisseia do misterioso filme produzido por J. J. Abrams, pelo qual meio mundo - principalmente o internáutico - anda a salivar, conhece novo capítulo. De acordo com um utilizador de um fórum norte-americano, o poster acima publicado, que representa a estátua da Liberdade decepada, estava exposto numa loja da especialidade que, não rara vezes, põe à venda autênticas preciosidades. O filme chamar-se-á "Monstruous" e o cartaz inclui, em letras brancas, 1-18-08, o título alternativo além de "Cloverfield". O site comingsoon.net já tinha anunciado que a Paramount Pictures havia adquirido o domínio themonstruousmovie.com (por enquanto inactivo), pelo que tudo indica que não se tratará de fraude.


Monday, July 23, 2007

Depois de "Os Simpsons"...

Ainda "Os Simpsons" estão por estrear, e já Seth MacFarlane, o criador de "Family Guy", veio a público anunciar que está mais que certa a adaptação cinematográfica da série que, na minha opinião, não fosse o Stewie e o cão, não teria piadinha nenhuma. "Estamos a magicar a forma de fazer o filme e a série ao mesmo tempo, sem que a série sofra mazelas", disse ao Hollywood Reporter, por estas palavras, mais coisas menos coisa, o autor da produção de animação transmitida em Portugal pela SIC Radical. É claro que, para que tal se concretize, a Fox aguarda ansiosamente pelos resultados de bilheteira do filme baseado nas personagens de Matt Groening. Se for o sucesso previsto, lá temos de levar com os Griffins.

Por falar no Stewie e no canídeo Brian, aqui fica um clip hilariante desta dupla.

Novos "stills" de "The Invasion"



O thriller de ficção científica "The Invasion" estreia a 17 de Agosto e já há por aí dezenas de fotos a circular. As mais recentes mostram uma Nicole Kidman longe da imagem arranjadinha a que nos habituou. É certo que a melena continua impecável, mas há pelo menos meio dúzia de cabelitos fora do sítio, vicissitudes de uma nova condição: a de heroína acidental.

Von Trier obrigatório


Na sequência do lançamento em DVD do filme Manderlay, segundo tomo da trilogia sobre a América de Lars Von Trier, a Atalanta e a Medeia Filmes relembram a obra daquele que é um dos mais idiossincráticos e provocadores realizadores europeus contemporâneos.

No ciclo, que decorrerá no Cinema King, em Lisboa, a partir de dia 26 de Julho (3,5 euros o bilhete), será também exibido Manderlay, naquela que será uma ocasião única para descobrir o filme em sala e assistir a uma conversa com o crítico Rui Pedro Tendinha e a dramaturga Vera San Payo de Lemos sobre o realizador e o dispositivo cénico usado nesta trilogia, em que a América é desenhada a giz, qual palco de teatro.

Aproveite também para ver ou rever os premiados Dancer in the Dark (Palma de Ouro em Cannes) e Ondas de Paixão (Grande Prémio do Júri em Cannes), Dogville, primeiro tomo da trilogia, e o documentário Dogville Confessions em que os actores confessam a experiência cinematográfica (inesquecível ou traumática) que é trabalhar com o realizador dinamarquês. Oportunidade ainda para ver em cinema a série O Reino ou os primeiros filmes de Lars Von Trier: Epidemia, O Elemento do Crime e Europa.

26 de Julho – Quinta-feira
EPIDEMIA – 14h00 / 19h20
O ELEMENTO DO CRIME – 16h40 / 22h00

27 de Julho – Sexta-feira
O REINO I (1ªparte)– 15h00
O REINO I (2ªparte)) – 18h15
O REINO I (1ªparte) – 21h30
O REINO I (2ªparte) – 00h15

28 de Julho - Sábado
EUROPA– 14h00 / 16h40 / 19h20 / 22h00
DOGVILLE CONFESSIONS– 00h15

29 de Julho - Domingo
MANDERLAY - 13h40 / 16h20 / 19h00 / 22h00
Conversa com Rui Pedro Tendinha (crítico de cinema) e Vera San Payo de Lemos (dramaturga) após a sessão das 19h00

30 de Julho – Segunda-feira
O REINO II (1ªparte)– 15h00
O REINO II (2ªparte) – 18h15
O REINO II (1ªparte) – 21h30
O REINO II (2ªparte) – 00h15
31 de Julho - Terça-feira
OS IDIOTAS– 14h00 / 19h20
DANCER IN THE DARK– 16h40 / 22h00

1 de Agosto – Quarta-feira
ONDAS DE PAIXÃO– 18h15
DOGVILLE - 15h00 / 21h30
Fonte: Medeia Filmes

Sunday, July 22, 2007

Preview: "Avatar"


Já circula a primeira imagem de "Avatar", o muito aguardado filme de James Cameron. Com um elenco onde pontuam dois nomes de "Aliens: o Recontro Final", Sigourney Weaver e Michael Biehn, esta inovadora experiência em 3D narra a história de um veterano de guerra paraplégico enviado para outro planeta, Pandora, habitado por humanóides com a sua própria linguagem e cultura, explorando assim a relação entre o Homem e outras espécies do Universo. Tem estreia marcada para 25 de Maio de 2009 e, pelos vistos, já tem poster. A imagem em baixo, asseguram inúmeros blogues, trata-se de um "demo" daquilo que veremos como alienígenas.


Estreias promissoras

Estreias para 26 de Julho, quinta-feira, por ordem de preferência:
1. "Simpsons - o Filme", de David Silverman
2. "Bug", de William Friedkin (na foto)
3. "Sob o Signo da Morte", de Régis Wargnier
4. "Nomad: a Profecia do Guerreiro", de Sergei Bodrov (na foto e no trailer)
5. "O Contrato", de Bruce Beresford

"Transformers": O triunfo da tecnologia de ponta


"Transformers" é mais um filme-pipoca para aquecer as audiências estivais. Mas é um dos melhores conseguidos exemplos da sua "raça". Os efeitos CGI são de tal forma estupendos e grandiosos que dei por mim a blasfemar-me por ter elogiado um tal de Super-Homem a impedir a colisão de um avião, numa sequência digna de... museu.

Todos sabemos que Michael Bay é capaz do pior, e "Armaggedon" e "Pearl Harbor" andam por aí para prová-lo. Nunca fui fã de "Transformers" durante a infância e, embora despido de preconceitos e expectativas, aquele nome causava-me urticária. Mas amparado por um produtor chamado Steven Spielberg e pelos melhores técnicos da Industrial Light and Magic, é difícil redundar no falhanço. É, de resto, a estes últimos que Bay deve fazer a vénia.

Se a parte "humana" no filme é a mais fraca- Shia LaBeouf é uma excepção, apesar das limitações do guião -, o duelo entre Optimus Prime (a operadora de telemóveis portuguesa podia ter lançado um pacote comemorativo) e Megatron, o poderoso vilão, é um excelente exemplo de como a técnica digital tem um interessante - embora pernicioso - potencial para substituir, num filme do género, tudo o que é componente de carne e osso. Mesmo sem a belíssima Megan Fox (Mikaela) para ser namorada pela câmara.

É claro que um filme destes, mais uma adaptação de bonecada (neste caso da Hasbro) sem pretensões a realismos, tem as suas falhas: o humor é por vezes seco e forçado, as personagens esmifram-se sem comer nem beber, é demasiado correcto no doseamento da violência e do sangue (monstros de metal daquele tamanho parecem fazer poucos estragos) e sofre - especialmente o espectador - por ser demasiado longo. Para cúmulo, somos bombardeados com soft sponsoring: Nokia, eBay, Chevrolet e Panasonic, só para citar alguns exemplos. O que, de forma alguma, mina o seu objectivo: entretenimento para adolescentes, com a testosterona aos pulos, condição devidamente potenciada pelas curvas de miss Fox. 3 estrelitas

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