Friday, April 13, 2007

Confidential II


Quanto a vocês, não sei, mas eu desconhecia este poster alternativo do melhor filme norte-americano da década de 90. Só falta lá a Lynn Bracken - seria farsolas colocá-la nesta cena em foto-montagem, convenhamos.


Agora que se fala numa sequela do romance policial noir de James Ellroy, e na reunião do mesmo elenco, nada como prestar uma justa homenagem a esta obra-prima de Curtis Hanson.

Aimee Mann em Portugal


A cantora e compositora norte- americana Aimee Mann, de 46 anos, conhecida essencialmente por ter inspirado Paul Thomas Anderson para o argumento de "Magnolia", actua a 25 de Julho no Coliseu de Lisboa, naquela que será a sua estreia ao vivo em Portugal.
O seu primeiro álbum a solo, "Whatever", data de 1993, já depois de terminados os ´Til Tuesday, com quem deixou três registos na década de 1980. Mudou de editora e gravou novo álbum em 1995, "I´m With Stupid", mas sem nunca conseguir uma grande projecção nacional e internacional das suas canções, melódicas e por vezes melancólicas e sombrias. O grande salto é dado depois de conhecer o realizador de "Magnólia" para quem compôs a banda sonora do filme, que lhe valeu uma nomeação para um Óscar pelo tema "Save Me". Ainda nos anos 1990 fundou a sua própria etiqueta, a SuperEgo Records, recuperou e editou "Bachelor n§ 2", que incluía alguns dos temas da banda sonora e com do qual vendeu mais de 25 mil cópias só através da Internet. Em 2002 surge "Lost in space" e três anos depois o conceptual "The Unforgotten Arm", com doze canções que giram em torno das personagens John e Caroline, que se apaixonam e partem em viagem pelos Estados Unidos. Além do concerto em Lisboa, Aimee Mann tem previsto mais duas actuações na Europa: a 27 de Julho em Londres e no dia seguinte em Dublin.

Thursday, April 12, 2007

Feitiço contra feiticeiro


Michael Moore dedicou estes anos todos a furar aviários das cadeias de fast food envergando um traje de galinha; a vociferar contra as políticas de Bush; a mostrar a facilidade da compra e porte de armas no seu país; a denunciar os podres mais podres dos grandes monstros financeiros... mas no momento em que os seus colegas canadianos Rick Caine e Debbie Melnyk quiseram registar num documentário o seu quotidiano e as suas façanhas, Moore declinou cruamente a proposta. Perante a rejeição, justificada com "a falta de tempo" para aturar a dupla de documentaristas, o filme que começou como biográfico desenrolou-se como revelador.

Os dois autores usaram o mesmo estratagema do realizador oscarizado e, de câmara ao ombro e sem permissão, seguiram Moore para todo o lado. Aconteceu-lhes precisamente o mesmo que já vimos suceder ao realizador de "Fahrenheit 9/11": foram barrados e expulsos dos seus discursos e descortinaram facetas desconhecidas do público. Entre estas descobertas, até ficamos a saber que Michael Moore... não gosta de documentários.

Aqui fica o trailer de "Manufacturing Dissent", e uma entrevista dos realizadores a uma estação norte-americana.




Terror e fantástico em estreia


Dois filmes para fãs do género. O primeiro, "Os Mensageiros" (distribuído pela LNK), realizado por Danny e Oxide Pang, tem estreia marcada em Portugal para 10 de Maio. O segundo, "Sangue e Chocolate", dos produtores de "Underworld", será distribuído pela Lusomundo, e estreia para a semana.






Wednesday, April 11, 2007

Tati 50 anos depois



Quando passam 50 anos da estreia do filme, a ATALANTA FILMES repõe, a 19 de Abril, O MEU TIO, em cópia nova, no Cinema Medeia Nimas, em Lisboa. Uma das obras-primas do cineasta, tornou-se no maior sucesso comercial de Tati que com este filme atingiu a consagração máxima do Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.


Filme para toda a família é a história do senhor e a senhora Arpel, que têm uma casa moderna num quarteirão asséptico. Têm tudo, conseguiram tudo, na casa deles é tudo novo: o jardim é novo, a casa é nova, os livros são novos. Neste universo tão confortável, tão clean, tão high-tech, tão bem programado, o humor, os jogos e a sorte não têm lugar. E o filho Gérard aborrece-se de morte. É então que irrompe o irmão da senhora, o tio, o Sr.Hulot. personagem inadaptada, habituada ao seu mundo caloroso, que vai, para delírio do sobrinho, virar tudo de pernas para o ar.

Todos ao Monumental


O realizador italiano Nanni Moretti vai estar em Lisboa, sábado, para apresentar o seu mais recente filme, "O Caimão", estreado a 22 de Março, revelou hoje a distribuidora Atalanta Filmes.

Nanni Moretti falará sábado à noite no Cinema Monumental antes da exibição de "O Caimão", visto por mais de cinco mil espectadores na semana de estreia nas salas de cinema portuguesas.

"O Caimão" conta a história de Bruno Bonomo, um produtor de cinema falido e com um casamento destruído, a quem é apresentado um guião para um filme.

Só já quando está metido no projecto é que percebe que o filme não é um "thriller" político mas um retrato de Sílvio Berlusconi, primeiro-ministro de Itália na altura em que Moretti rodou "O Caimão".

Entendido como uma metáfora sobre a sociedade e o mundo político italiano, "O Caimão" surge cinco anos depois do aclamado drama familiar "O Quarto do Filho", vencedor da Palma de Ouro de Cannes em 2001.

Da filmografia de Moretti, 53 anos, destacam-se ainda filmes como "Ecce Bombo" (1978), "Palombella Rossa" (1989), "Querido Diário" (1993) e "O Quarto do Filho" (2001).

IndieAlcobaça


O IndieLisboa, festival do cinema independente, vai ter uma extensão em Alcobaça, numa tentativa de descentralização deste tipo de eventos. Um exemplo a seguir.
Organizado pela Zero em Comportamento, o INDIELISBOA é um evento privilegiado de descoberta de novos autores e tendências do cinema mundial, afirmando-se como um observatório da mais interessante produção contemporânea, a qual, mesmo assinada por realizadores consagrados, nem sempre chega às salas portuguesas. Na sua quarta edição, o Festival de Cinema Independente de Lisboa é já unanimemente reconhecido como um dos mais interessantes eventos cinematográficos que se realizam em Portugal e chega a Alcobaça pela primeira vez através de mais uma das suas extensões. O evento realiza-se no Cine-Teatro de Alcobaça entre os dias 12 e 14 de Maio, e aposta na exibição de vários filmes presentes na edição de 2007, a realizar entre 19 e 29 de Abril, em Lisboa, com amplo destaque para a produção internacional.

Tuesday, April 10, 2007

Joaquim de Almeida em Moscovo (e podia ficar por lá)

Joaquim de Almeida (um grande canastrão) regressa às salas portuguesas em "Moscow Zero" - com a chancela Prisvídeo -, desta vez ao lado de actores do mesmo "calibre", como Val Kilmer. A estreia está prevista para 19 deste mês.

Eis a sinopse do filme realizado por Luna (não tem apelido, é mesmo este o nome do "cineasta", a fazer lembrar uma qualquer traveca do Princípe Real):

Sob a aparência da normalidade, existe em qualquer grande cidade um mundo que nós à superfície preferimos ignorar.

Um antropólogo russo, Sergey Spassky, investiga para a Universidade de Moscovo a comunidade dos sem-abrigo que habitam o mundo subterrâneo da cidade e começa a ficar fascinando pelas lendas que aí circulam. Um dia, desaparece sem deixar rasto.

Owen, um americano com quem fizera há pouco uma expedição, decide ir à sua procura, penetrando no labirinto de túneis, guiado pelos planos deixados pelo seu amigo e com a ajuda de Alec, um dos alunos de Sergey, e de Yuri e Pavel, que eram seus guias. Lyuba, uma jovem sem-abrigo, junta-se-lhes mais tarde.

Mas o mundo subterrâneo é mais complexo e variado do que ele pensava. Juntamente com o sistema de esgotos, o metropolitano e os túneis de manutenção, encontra aí velhos refúgios da guerra, catacumbas e cursos de água que tornam a sua busca mais difícil.

O que esconde a alma negra da cidade? A lenda fala dos seres que aí vivem... dos demónios que emergem das profundezas e como eles se alimentam... A lenda diz que o Inferno está ligado a este mundo.
Mas toda a gente sabe que são apenas histórias para assustar as crianças…

Um filme de Luna (“Náufragos”). Com Vincent Gallo (“Brown Bunny”), Oksana Akinshina (“Supremacia”), Val Kilmer (“Deja Vu”) e Joaquim de Almeida (“Um Tiro no Escuro”).


Monday, April 9, 2007

Remember this?

Vejam lá se este "Disturbia", thriller-psicológico-para-adolescentes-imberbes-e-masturbatórios, prestes a estrear nos EUA, não faz lembrar um clássico do cinema.

Desilusão


"Grindhouse" estreiou sexta-feira nos Estados Unidos e está a revelar-se uma desilusão nas bilheteiras. No primeiro fim-de-semana de exibição arrecadou apenas 11,6 milhões de dólares ("300", de Zack Snyder, a título de exemplo, amealhou 70) e posicionou-se no quarto lugar, contra todas as expectativas. Mesmo assim, os fãs têm atribuído generosas classificações nessa bíblia do cinema que é o IMDB, incluindo-o assim - para já - na lista dos 250 melhores filmes de sempre.

Sunday, April 8, 2007

Os receios de Meirelles



Na conversa com o jornalista, Meirelles revelou estar a equacionar a possibilidade de colocar ao lado dos protagonistas Daniel Craig e Julianne Moore (suponho que o 'médico' e a 'mulher do médico') actores brasileiros como Rodrigo Santoro, Fernanda Montenegro ou Alice Braga, com quem já trabalhou em "A Cidade de Deus". O título, que por enquanto é "Blindness", não é definitivo.
No meio da sua insegurança, o realizador mostrou sinais de humildade ao assumir que fica satisfeito se o filme tiver "um quinto da qualidade" da obra de Saramago.



Sinceramente, eu também. "Ensaio sobre a Cegueira", um dos meus livros de referência, não deve ser de fácil adaptação cinematográfica. Eu preferia vê-lo em registo de "thriller", mas não no tom documental useiro nos trabalhos anteriores de Meirelles (que eu admiro). Por último, apesar de o autor não localizar o espaço da acção nem atribuir nomes às personagens (mais um entrave para o argumentista), gostava que Meirelles lhe conferisse um cunho português e que a cidade sobre a qual recai a cegueira branca fizesse lembrar Lisboa. Mas, tal como Meirelles afirmou, eu já me dou por satisfeito se o filme tiver "um quinto" daquilo que eu imaginei ao lê-lo.


A crítica prefere Tarantino


Prestes a estrear, Grindhouse tem reunido críticas favoráveis da maioria dos críticos norte-americanos. Mas estes, que têm tido dificuldade em tecer comentários ao filme como um conjunto, parecem aplaudir com maior entusiasmo "Death Proof", de Quentin Tarantino.


Dennis Lim, do Los Angeles Times, classifica "Planet Terror", de Rodriguez, como uma "desilusão" . Por sua vez, "Death Proof", sublinha o crítico, é "um filme que surpreende a cada reviravolta". Joe Morgenstern, do Wall Street Journal, agracia a parte de Tarantino com a seguinte afirmação: "é o mais superior dos dois, com um climax de acção dotado de uma notável intensidade emocional".


Bom, a ver vamos...

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