Sunday, July 22, 2007

"Transformers": O triunfo da tecnologia de ponta


"Transformers" é mais um filme-pipoca para aquecer as audiências estivais. Mas é um dos melhores conseguidos exemplos da sua "raça". Os efeitos CGI são de tal forma estupendos e grandiosos que dei por mim a blasfemar-me por ter elogiado um tal de Super-Homem a impedir a colisão de um avião, numa sequência digna de... museu.

Todos sabemos que Michael Bay é capaz do pior, e "Armaggedon" e "Pearl Harbor" andam por aí para prová-lo. Nunca fui fã de "Transformers" durante a infância e, embora despido de preconceitos e expectativas, aquele nome causava-me urticária. Mas amparado por um produtor chamado Steven Spielberg e pelos melhores técnicos da Industrial Light and Magic, é difícil redundar no falhanço. É, de resto, a estes últimos que Bay deve fazer a vénia.

Se a parte "humana" no filme é a mais fraca- Shia LaBeouf é uma excepção, apesar das limitações do guião -, o duelo entre Optimus Prime (a operadora de telemóveis portuguesa podia ter lançado um pacote comemorativo) e Megatron, o poderoso vilão, é um excelente exemplo de como a técnica digital tem um interessante - embora pernicioso - potencial para substituir, num filme do género, tudo o que é componente de carne e osso. Mesmo sem a belíssima Megan Fox (Mikaela) para ser namorada pela câmara.

É claro que um filme destes, mais uma adaptação de bonecada (neste caso da Hasbro) sem pretensões a realismos, tem as suas falhas: o humor é por vezes seco e forçado, as personagens esmifram-se sem comer nem beber, é demasiado correcto no doseamento da violência e do sangue (monstros de metal daquele tamanho parecem fazer poucos estragos) e sofre - especialmente o espectador - por ser demasiado longo. Para cúmulo, somos bombardeados com soft sponsoring: Nokia, eBay, Chevrolet e Panasonic, só para citar alguns exemplos. O que, de forma alguma, mina o seu objectivo: entretenimento para adolescentes, com a testosterona aos pulos, condição devidamente potenciada pelas curvas de miss Fox. 3 estrelitas

2 comments:

Anonymous said...

Completamente de acordo com quase tudo o que disseste! Já agora o que é que viste no papel do Shia LaBeouf neste filme?Ainda não percebi o frenesim por este miúdo!
Fica bem e boas críticas

Bracken said...

Olá, manic! O Shia tem piada, e acho que a indústria cinematográfica concorda comigo, ao ponto de o convidarem para a nova sequela de Indiana Jones. O rapaz ainda tem muito que provar, mas auguro-lhe um futuro risonho.
Forte abraço,
Bracken

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